Pedalando mar afora – Mariane Padilha

 

Nós recebemos muitas histórias legais sobre pedaladas mundo afora. Hoje queremos apresentar para vocês a Mariane Padilha. A primeira garçonete de bar de um cruzeiro que conhecemos! A palavra é sua Mariane:

Olá, gostaria de compartilhar minha história de pedaladas mundo afora com vocês.

Eu sou a Mariane, tenho 26 anos, sou tripulante de navio, e tenho deixado muitas pedaladas mundo afora. Trabalho há dois anos, como garçonete de bar, em um navio de cruzeiros de médio porte. Como parte da rota aqui na America do sul, temos durante quase cinco meses, o litoral sudeste e sul do Brasil, o litoral Uruguaio e Argentino. Já na rota européia, seguimos contornando pelo leste e norte do continente europeu, passando por Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Holanda, até chegarmos em Malmo na Suécia. Lá damos início aos cruzeiros do mar Báltico, passando por  Warnemünde na Alemanha, Estocolmo e Helsinki na Finlândia até Tallin e San Petersburgo. Terminada duas semanas por essa rota, seguimos em direção aos Fiordes na Noruega, que percorremos durante quinze dias do sul ao norte, passando por Stavanger, Bergen, Skjolden, Geringer, Flaam, Alessund e Trondheim.

Durante quase toda essa temporada que seguimos pela europa, intercalamos duas semanas de cruzeiros pelo mar Baltico, e duas semanas pelos Fiordes do Norte. Tanto no  Brasil, como na Europa, fazemos rotas fantásticas!

Aí vocês me perguntam, onde entram as pedaladas?
Em nossa companhia, temos o privilégio de podermos contar, embora pouco modernas, com um número de bicicletas a bordo para uso da tripulação. Tripulante nunca tem muito tempo de folga quando o navio está atracado em algum porto. Cada segundo é precioso, nada de esperar taxis, onibus, caronas etc. Por isso fazemos muito uso das bikes, criamos esse hábito saudável meio forçados.

 

Por ser um número pequeno de bikes disponíveis para a quantidade de tripulantes, a disputa por conseguir uma é muito grande. Mesmo quando não conseguimos as do navio, temos a chance de alugar nos portos por preços bem acessíveis. Como no Uruguai por 10 dólares.
Com isso podemos conhecer até outro lugares incomus, temos mais liberdade, desfrutamos mais dos momentos de folga, e ainda curtimos uma trip diferente. E nessa onda da bike, pra mim, o melhor foi quando chegamos em Amsterdam, na Holanda.

Na verdade o navio atraca na cidade de Ijmudem, e de la seguimos de carro, por cerca de meia hora, até Amsterdam. Ai eu te pergunto – Como conhecer Amsterdam, se não de bike?

Os europeus tem esse habito muito maior que nós brasileiros de andar de bicicleta. Principalmente lá na Holanda, onde uma grande parte da polulação utiliza a bike como meio de transporte.
Foi o que eu e minha amiga Alessandra fizemos: Alugamos uma bike cada uma, na MacBike (eles tem vários pontos de locação espalhados na city, é bem fácil de alugar e o pessoal é mega atencioso). Pegamos um mapa, a nossa cara de pau e coragem e seguimos Amsterdam afora. Passamos por lugares mais conhecidos, outros nem tanto assim, mas fizemos em um dia, a nossa trip por Amsterdam.
Ainda para fechar com chave de ouro, descobrimos uma cervejaria local, a Brouwerij’t IJ, provamos o chopp, que por sinal era maravilhoso e vale super a pena ir até lá conferir. Depois voltamos para o nosso lar doce lar flutuante. E assim sigo pedalando mundo afora!!!

Um beijo,

Mariane Padilha
Piracicaba-SP
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Sobre Claudia Bömmels

Claudia Bömmels é fotógrafa, contadora de histórias, viajante e editora da Brasileiros Mundo Afora. Atualmente ela mora em Nanjing na China.

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